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Medicina

Espectro Autista Feminino: Invisibilidade, Diagnóstico e Perspectivas
Espectro Autista Feminino: Invisibilidade, Diagnóstico e Perspectivas
Espectro Autista Feminino é uma obra essencial, inovadora e profundamente necessária. Sob a coordenação editorial do Dr. Thiago Castro e da pesquisadora e ativista Lygia Pereira, o livro se propõe a lançar luz sobre um tema historicamente negligenciado: a expressão do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em meninas e mulheres. Em um campo tradicionalmente centrado nas manifestações do autismo em meninos, este trabalho oferece um olhar sensível, amplo e embasado sobre a diversidade de experiências femininas dentro do espectro. Visão Geral e Estrutura A obra é resultado da colaboração de mais de 40 autores — entre profissionais da saúde, especialistas em neurodesenvolvimento e mulheres autistas — que oferecem perspectivas complementares sobre os múltiplos aspectos do autismo no sexo feminino. Organizado em capítulos temáticos, o livro cobre tópicos que vão desde os aspectos biológicos e diagnósticos até as vivências sociais, afetivas e profissionais das mulheres autistas. Entre os temas abordados, destacam-se: A epidemiologia do TEA em mulheres e a hipótese do “efeito protetor feminino” Diagnóstico tardio e os prejuízos da invisibilidade clínica Estratégias de camuflagem e mascaramento social O papel dos hormônios, do sono, da genética e do eixo intestino-cérebro Comorbidades comuns, como ansiedade, TDAH e transtornos alimentares Desafios da feminilidade autista, da maternidade e da menopausa O impacto das expectativas culturais de gênero no diagnóstico e tratamento Inclusão escolar, mercado de trabalho e o enfrentamento do capacitismo Pontos Fortes Abordagem multidisciplinar e interseccional: A diversidade de vozes no livro — incluindo mulheres autistas escrevendo sobre sua própria vivência — confere legitimidade, profundidade e sensibilidade à obra. Base científica sólida: Cada capítulo se apoia em estudos recentes e práticas clínicas atualizadas, sem perder o compromisso com a acessibilidade ao público leigo. Conscientização e empoderamento: O livro cumpre um papel social ao informar pais, educadores, profissionais de saúde e as próprias mulheres que se reconhecem, muitas vezes pela primeira vez, nas páginas. Ampliação do conceito de autismo: A obra quebra estereótipos e mostra que a manifestação do TEA pode ser sutil, silenciosa e mascarada — especialmente em mulheres. Pontos de atenção A densidade técnica de alguns capítulos pode exigir mais atenção de leitores não familiarizados com neurociência ou terminologia médica. A obra é extensa, o que a torna mais indicada para leitura contínua e reflexiva, em vez de uma leitura leve ou rápida. Conclusão Espectro Autista Feminino é uma leitura fundamental para quem deseja compreender o autismo sob uma ótica mais justa, completa e humana. Ao romper com os padrões diagnósticos centrados no modelo masculino e dar voz às mulheres autistas, o livro representa um marco na literatura brasileira sobre neurodiversidade. Trata-se não apenas de um guia clínico, mas também de um manifesto de reconhecimento, empatia e transformação social. Informativo, sensível e transformador. Uma leitura indispensável para profissionais da saúde, educadores, famílias e, acima de tudo, para todas as mulheres que buscam entender a si mesmas além dos rótulos invisíveis.
Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais
Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais
Nova edição do principal livro-texto de psicopatologia e semiologia psiquiátrica brasileiro, totalmente revista e atualizada de acordo com o DSM-5 e a CID-11! Inclui novo capítulo sobre comunicação não verbal e hotsite com material exclusivo para os leitores da obra. A semiologia na área da saúde mental é como um mapa que guia o profissional a identificar os sinais e sintomas de um transtorno mental. É através dela que se consegue "desvendar" o sofrimento psíquico do paciente, permitindo um diagnóstico preciso e, consequentemente, um tratamento mais eficaz. Por que a semiologia é tão importante? Diagnóstico preciso: A semiologia fornece as ferramentas necessárias para identificar os padrões de sintomas que caracterizam cada transtorno mental. Ao observar atentamente os sinais e sintomas apresentados pelo paciente, o profissional pode chegar a um diagnóstico mais preciso, excluindo outras possibilidades. Individualização do tratamento: Cada paciente é único, e seus sintomas podem variar em intensidade e combinação. A semiologia permite que o profissional identifique as particularidades de cada caso, possibilitando a criação de um plano de tratamento personalizado e mais eficaz. Acompanhamento da evolução do tratamento: Ao longo do tratamento, a semiologia é fundamental para acompanhar a evolução do paciente e avaliar a eficácia das intervenções. Ao monitorar os sintomas, é possível identificar se o tratamento está surtindo efeito e ajustar as estratégias terapêuticas, se necessário. Comunicação entre profissionais: A semiologia fornece uma linguagem comum para os profissionais da saúde mental, facilitando a comunicação e a troca de informações sobre os pacientes. Isso é especialmente importante em casos complexos que envolvem diferentes profissionais. Pesquisa: A semiologia é essencial para a pesquisa em saúde mental. Ao identificar os sintomas e os padrões de apresentação dos transtornos mentais, os pesquisadores podem desenvolver novas teorias e tratamentos. Em resumo, a semiologia é a base da avaliação em saúde mental. Ao dominar os conceitos e as técnicas da semiologia, o profissional está mais bem preparado para identificar, diagnosticar e tratar os transtornos mentais, proporcionando um cuidado mais humanizado e eficaz aos seus pacientes. Alguns dos principais elementos avaliados na semiologia psiquiátrica incluem: Sintomas: Queixas subjetivas do paciente, como tristeza, ansiedade, delírios, alucinações, etc. Sinais: Observações objetivas do profissional, como alterações na fala, no comportamento, na aparência, etc. História clínica: Informações sobre a vida do paciente, incluindo antecedentes familiares, história médica, história de uso de substâncias, etc. Exame do estado mental: Avaliação das funções mentais, como consciência, orientação, atenção, memória, linguagem, pensamento, afeto, percepção e julgamento.
Pacientes que curam: O cotidiano de uma médica do SUS
Pacientes que curam: O cotidiano de uma médica do SUS
Em Pacientes que curam, a médica Julia Rocha conta seu cotidiano no Sistema Único de Saúde brasileiro, o SUS, onde trabalha há dez anos, desde que se formou.   Os textos de Pacientes que curam apresentam o que Julia - uma mulher negra, médica de família e comunidade, mãe e cantora - vivenciou no plantão no hospital, em seu consultório na Unidade Básica de Saúde, na UPA ou em visita a pacientes em casa. E, ao fazer isso, traçam um retrato de um Brasil periférico, que vive mal desde sempre. Ao mesmo tempo, revelam o que há de universal, de sensível, no humano. No livro, vemos como saúde é muito mais do que não estar doente: é ter garantido o direito ao trabalho, à moradia, à alimentação, à educação, ao lazer e aos demais componentes do Estado de bem-estar social. Mas como proporcionar direitos às pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social? Como fazer cumprir os artigos da Constituição que estabelecem acesso universal e igualitário à saúde? A saúde é direito de todos e dever do Estado. O SUS, criado em 1986, é resultado de lutas dos movimentos sociais e engloba políticas de assistência e programas para a promoção da saúde, da democracia e da cidadania para todos os brasileiros, de forma gratuita. É considerado um dos maiores e melhores sistemas de saúde públicos do mundo. Graças ao SUS e a sua rede de profissionais dedicados ao atendimento humanizado dos pacientes, temos a chance de conhecer a dra. Julia e os pacientes-personagens deste livro. Histórias como as de Juliana e Juraci, que sofriam de uma das piores doenças que a sociedade pôde transmitir, o racismo e a escravidão; de Ruth, que buscava um remédio para dormir e saiu com diagnóstico de opressão por machismo. E também como a da mulher que queria uma solução para diminuir o desejo sexual e descobriu que estava saudável; e de seu André, que quase morreu e encontrou o amor. Pacientes que curam é um livro para se emocionar, para rir. É diversão e é alimento para a luta. Um livro para pessoas que sentem muito pelas injustiças e que teimam em mudar o mundo.